terça-feira, 5 de abril de 2016

POLIAFETIVO: CONHEÇA A HISTÓRIA DO PRIMEIRO CASAMENTO A TRÊS DE PAPEL PASSADO NO BRASIL


Um pagode de sucesso dos anos 90, do grupo Boka Loka, falava que para ter duas paixões não tem jeito: só tendo dois corações no peito. A máxima, no entanto, não funciona para o funcionário público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, de 33 anos, a dona de casa Thais Souza de Oliveira, e a estudante Yasmin Nepomuceno da Cruz, as duas de 21. A paixão uniu o trio, e a história, de três anos de namoro, deu numa união estável poliafetiva, a primeira na cidade, registrada no 15º Ofício de Notas.

— É muito normal as pessoas se apaixonarem por mais de uma pessoa. A diferença é que no poliamor você une todas as pessoas e não precisa mentir — observou Leandro, que mora em Madureira com as duas mulheres: — Já tenho uma filha de três anos com Thais e estamos planejando mais um, agora, com Yasmin.

A união foi oficializada na Justiça na última sexta-feira, como noticiou a coluna de Ancelmo Góis, no jornal “O Globo”. Mas o relacionamento é antigo. Leandro conheceu Thais há cinco anos. Ele era casado e a jovem entrou para o relacionamento. O funcionário público acabou se separando da primeira mulher e, em 2013, conheceu Yasmin:

— Eu falei que vivia esse tipo de relacionamento, ela se interessou, conheceu a Thais e a coisa foi fluindo.

Preconceito, diz ele, o trisal (palavra que equivale a casal em uma relação de três pessoas) não encontra na rua. A resistência é dentro de casa. As mães das meninas não falam com Leandro. A família dele já aceita melhor.

— Nós vamos para todos os lugares que um casal convencional vai — diz.

Leandro conta que não sabe se entraria em um relacionamento com outro homem e uma mulher. Ele explica que é hétero, enquanto Thais e Yasmin também se relacionam entre si. O rapaz não sabe dizer se a conta está fechada com três pessoas. Thais, no entanto, já avisa que sente ciúme dos dois:

— Sentirei ciúme dos dois de qualquer pessoa que aja com falta de respeito. Eles são meu marido e minha mulher. O relacionamento é fechado.

Por Zé Carlos Borges
Com informações de Extra/Globo

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"Brasileiros e pretos deviam morrer": Alunos da Universidade de Coimbra fazem campanha contra xenofobia

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  • Cartazes mostrados por estudantes em Portugal denunciam frases agressivas. "Brasileiros e pretos deviam morrer"
  • Objetivo é promover a tolerância entre colegas, mas faculdade garante que não há um ambiente xenófobo dentro do campus.

    EDUARDO VANINI

    RIO - Denúncias de discriminação contra brasileiros na Universidade de Coimbra, em Portugal, vêm ganhando visibilidade na internet, depois que vários estudantes começaram a publicar fotos com cartazes nos quais relatam situações constrangimento e preconceito. A mobilização faz parte de uma série de ações lideradas pelo grupo de estudantes “Lista R - Reset à AAC”, que também combate outras formas de discriminação vivenciadas no ambiente universitário, como racismo, homofobia e machismo.

    As imagens, que começaram a circular no final do ano passado, mostram cartazes com frases como “os brasileiros e os pretos deviam todos morrer”, encontrada originalmente numa carteira da Faculdade de Letras, e "as alunas brasileiras precisam cuidar o comportamento, caso contrário, reforçarão o estereótipo de prostitutas, putas e fáceis", que teria sido dita por uma professora.

    O grupo Lista R é uma espécie de chapa candidata ao comando da Associação Acadêmica de Coimbra, entidade equivalente aos diretórios centrais de estudantes no Brasil. Eles perderam a eleição, no fim do ano passado, mas as ideias difundidas por eles, de combate ao preconceito, continuaram a se propagar pelas redes sociais.

    No site do grupo, é possível conferir o programa deles no que diz respeito à discriminação. O texto questiona: “Orgulhamo-nos da nossa internacionalização, mas saberemos realmente receber e incluir? A discriminação por origem étnica é um problema real dentro da universidade, que parece estar dissimulado nas malhas da boa aparência. Pouco é feito no que toca à integração das multi-culturalidades, o que leva a uma alienação e a um acréscimo do preconceito.”

    Representantes da Lista, procurados pelo GLOBO via Facebook, se disseram impressionados com o alcance da campanha. Entretanto, eles informaram que só darão entrevistas após uma reunião marcada para este fim de semana.

    Universidade nega acusação de xenofobia

    Por meio de nota, a Universidade de Coimbra informou que, num universo de mais de 30.000 pessoas como o da instituição, há sempre discordâncias e desentendimentos pontuais, provocados pelas razões mais diversas, e que nada disso pode ser confundido com xenofobia. “Refutamos categoricamente a acusação de que haja um ambiente de xenofobia na Universidade de Coimbra. Em qualquer caso, se viermos a ter conhecimento de alguma situação de discriminação efetiva em função da nacionalidade, atuaremos com determinação, nomeadamente através de ação disciplinar.”

    A universidade também informou que estudantes foram ouvidos, mas não apresentaram nenhuma queixa concreta contra ninguém. “Apesar de se ter apurado que algumas das afirmações que faziam eram falsas, empreenderam-se diligências diversas para saber se algum episódio concreto de xenofobia teria acontecido. Nada se detectou. Apesar disso, tomaram-se iniciativas construtivas e pedagógicas para combater e dissuadir atitudes xenófobas.”

    A instituição também informou ter mais de 4 mil estudantes estrangeiros, de mais de 90 nacionalidades, e destacou que estudantes que se sintam vítimas de qualquer discriminação podem recorrer a profissionais e órgãos da universidade.

    Fonte: O Globo

  • quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

    Prefeito de NY deixa cargo após ter gasto R$ 1,5 bilhão do bolso

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    O bilionário-judeu Michael Bloomberg deixará amanhã a Prefeitura de Nova York, após 12 anos de mandato, tendo gasto US$ 650 milhões (R$ 1,52 bilhão) do próprio bolso no período.

    O valor, divulgado pelo "New York Times", foi usado pelo prefeito na promoção de suas políticas e em programas sociais e de assistência.

     

    Uma outra grande parcela, no entanto, serviu para pagar bônus generosos a assessores e garantir que não só ele, mas sua equipe, sempre se hospedasse em bons hotéis e viajasse –mesmo para fora do país– em aviões particulares. Só em deslocamentos, ele gastou US$ 6 milhões.

    Para as despesas de uma única viagem à China com assessores, Bloomberg tirou do próprio bolso US$ 500 mil.

    Quando em Nova York, os funcionários também recebiam um agrado patrocinado pelo chefe: um café da manhã na prefeitura (com café, bagels e iogurte) e um almoço (com salada de atum, sanduíche de pasta de amendoim com geleia e salada de frutas). Valor total das refeições? Cerca de US$ 890 mil.

    Os milhões do empresário ainda foram usados para atender a "caprichos", como a instalação e manutenção de dois aquários gigantes de peixes tropicais na prefeitura. O custo para manter os tanques limpos toda semana por 12 anos ultrapassou US$ 62 mil.

    E Bloomberg não pode sequer ser criticado por usar em suas extravagâncias o salário de prefeito. Assim que assumiu o mandato, ele recusou receber os US$ 18.750 (cerca de R$ 44 mil) mensais do cargo –aceitando apenas US$ 1 dólar por ano.

    Entretanto, não só com "extravagâncias" Bloomberg gastou seu dinheiro nos últimos 12 anos. Outros US$ 263 milhões foram doados a grupos culturais, organizações civis e artistas.

    A "filantropia" do bilionário fez com que ele fosse apelidado pelo democrata Mark Green –que perdeu para ele a disputa pela prefeitura em 2001– de "Medici moderno", em referência à família italiana de mecenas do século 15.

    Com US$ 5 milhões de sua conta, também foi renovada a residência oficial do prefeito, a Gracie Mansion, na qual ele escolheu não viver.

    Quem irá usufruir da reforma é Bill De Blasio, seu sucessor.

    Isabel Fleck - Folha de São Paulo

    domingo, 29 de dezembro de 2013

    Filho de ditador gasta em uma noite o dobro da dívida que será perdoada pelo Brasil

    filho-de-ditadorRIO – Quando Ali Bongo assumiu a presidência do Gabão, quatro anos atrás, a Embaixada dos EUA em Libreville reportou a Washington um roubo de R$ 84 milhões (€ 28 milhões) no Banco Central regional, que atende a oito países da África Central.

    Os diplomatas americanos registraram em documento – disponível nos arquivos do WikiLeaks – a versão corrente na época: o ditador gabonês Omar e seu herdeiro Ali foram os beneficiários, e usaram parte dos recursos para financiar partidos políticos franceses, apoiando inclusive o então presidente da França, Nicolas Sarkozy.

    A quantia roubada era equivalente a 5% do capital do banco. E dez vezes maior que o valor do perdão da dívida do Gabão com o Brasil proposto pela presidente Dilma Rousseff ao Senado.

    O caso enfureceu governantes sócios dos Bongos no Banco dos Estados da África Central. Todos se sentiram roubados. A família Obiang, que governa a Guiné Equatorial, exigiu mudanças na direção e na forma de operação do banco.

    Ontem, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo comemorou 34 anos no poder. Aos 71 anos de idade, ele é o mais antigo ditador africano em atividade.

    Obiang comanda um país cuja riqueza subterrânea, em petróleo, contrasta com a plena miséria da superfície: sete de cada dez habitantes (600 mil) sobrevivem com renda inferior a US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial.

    Apenas 44% da população da Guiné Equatorial têm acesso à água potável e a desnutrição impera entre 39% das crianças com menos de 5 anos. O presidente, no entanto, se destaca entre os oito governantes mais ricos do planeta, segundo a revista “Forbes”.

    A Guiné Equatorial tem uma dívida de R$ 27 milhões (US$ 12 milhões) pendente há duas décadas com o Brasil. O governo Lula chegou a anunciar sua liquidação, com anistia, mas não concretizou. A presidente Dilma Rousseff decidiu renegociá-la com anistia.

    No centro do interesse brasileiro estão petróleo e contratos de obras que fizeram o fluxo de comércio entre o Brasil e a Guiné Equatorial se multiplicar, saltando de US$ 3 milhões em 2003 para cerca de US$ 700 milhões no ano passado. Nesse período, o ditador Obiang tornou-se um “caro amigo” para o ex-presidente Lula. E personagem relevante aos olhos da presidente Dilma, para quem “o engajamento com a África tem um sentido estratégico”.

    Auxílio a acusado de genocídio

    Para o clã Obiang, a anistia financeira do Brasil não tem qualquer significado, além de uma espécie de aval político a uma ditadura contestada na ONU e sob investigação em tribunais da Europa e dos Estados Unidos.

    Para os Obiang, uma quantia de R$ 27 milhões (valor da dívida com o Brasil) é dinheiro de bolso. Teodorín, filho mais velho e virtual sucessor do ditador, gastou o dobro disso numa única noitada de compras na Christie’s, em Paris. Foi durante o leilão da extraordinária coleção de arte de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé, em 2009 – informou o Departamento Antilavagem do Ministério das Finanças da França em relatório aos juízes parisienses Roger Le Loire e René Grouman.

    Parte dos lotes que Teodorín arrematou incluía obras de Rodin, Degas e Monet. Elas foram apreendidas pela Justiça no final do ano passado. A polícia levou, também, peças de mobiliário avaliadas em R$ 117 milhões (US$ 52 milhões) e uma coleção de carros (sete Ferrari mais alguns Bentley, Bugatti Veyron, Porsche Carrera, Maybach Mercedes, Aston Martin, Maserati e Rolls-Royce).

    O “tesouro”, como ficou registrado no boletim de ocorrência, estava em uma das residências do herdeiro Obiang em Paris – a mansão número 42 da avenida Foch (distrito 16), com 101 ambientes distribuídos em seis andares. Alguns dos veículos foram leiloados no mês passado.

    No final do ano passado, a Justiça francesa mandou prender Teodorín por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele recorreu, mas a decisão foi mantida. No último carnaval esteve em Salvador, mas não foi preso: a polícia alegou que não sabia de sua presença na capital baiana e nem mesmo do pedido de prisão na França.

    Com movimentos limitados também está Omar al-Bashir, 69 anos de idade, dos quais 24 no governo do Sudão. Ele foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional, das Nações Unidas, por genocídio. Recorreu, mas a sentença foi confirmada no ano passado.

    Bashir suprimiu os partidos políticos, censurou a imprensa e dissolveu o Parlamento. Autonomeou-se líder do Conselho Revolucionário para a Salvação Nacional, e também chefe de Estado, primeiro-ministro e chefe das Forças Armadas. É o ditador de um país cuja superfície é pobre, mas cujo subsolo tem promissoras reservas de petróleo.

    O Sudão tem uma dívida de R$ 98 milhões (US$ 43,5 milhões) com o Brasil. O governo informou ao Senado que pretende perdoar 90% do total – ou seja, uma anistia de R$ 88,2 milhões (US$ 39,2 milhões).

    Para Bashir, isso equivale a uma dádiva financeira e política. Ele é o primeiro presidente da República no exercício da função a se tornar o alvo de um mandado internacional de prisão por genocídio. O apoio do governo Dilma Rousseff foi, até agora, um dos raros gestos de solidariedade que recebeu neste ano.

    (grifos de Implicante)

    Reportagem de O Globo

    segunda-feira, 11 de novembro de 2013

    Prepare-se: Satélite vai cair na Terra, mas ninguém sabe onde.

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    Saiu no MegaCurioso:

    De acordo com uma notícia publicada pelo The New York Times, um satélite de origem europeia, lançado em órbita em 2009 para realizar um mapeamento detalhado do campo gravitacional da Terra, deve cair em algum ponto do nosso planeta nos próximos dias. É esperado que o impacto ocorra entre domingo e segunda de manhã. Contudo, ninguém sabe dizer qual será o local exato.

    Segundo a publicação, o equipamento pesa uma tonelada e, ao entrar na atmosfera, será destruído. Entretanto, estima-se que um número entre 25 e 45 fragmentos cheguem inteiros à superfície, e os de maiores dimensões podem chegar a pesar mais de 90 quilos. E não pense que é bom ficarmos alertas apenas dessa vez: só durante este ano, cerca de 100 toneladas de “entulho” espacial deve cair do céu, também com pontos de impacto incertos!

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    O satélite ficou sem combustível no mês passado e, desde então, vem caindo cerca de 4 quilômetros por dia. Até a última quarta-feira, o equipamento se encontrava a mais de 180 quilômetros de altitude e realizava uma volta ao redor do planeta a cada 88 minutos, com uma órbita cuja trajetória passa quase diretamente sobre os polos. Isso significa que, conforme a Terra gira, o satélite vai passando sobre quase todos os lugares do planeta.

    Embora não existam casos registrados de pessoas que foram feridas por fragmentos desse tipo — e o risco de que os que cairão do céu nos próximos dias atinjam alguém seja muito pequeno —, a possibilidade de que isso ocorra não pode ser descartada. Os engenheiros acompanhando a queda do satélite poderão determinar uma área aproximada de impacto conforme o equipamento se aproxime da superfície, e só nos resta torcer para que não seja sobre as nossas cabeças.